sábado, 11 de julho de 2009

Preocupado com 2010, Lula recua e diz que cumprirá acordo

Reunido na quinta-feira, 25/6, com os ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Paulo Bernardo, do Planejamento, Lula explicou que, apesar da piora das contas públicas nos primeiros meses de 2009, o governo honrará todos os compromissos fechados com as categorias.
Lula demonstrou preocupação com o avanço dos gastos fixos, mas advertiu seus auxiliares mais próximos que o esforço fiscal não pode ser uma camisa de força a ponto de inviabilizar políticas estratégicas. Na verdade sua preocupação é com a eleição para presidente em 2010 e como uma greve do serviço público iria desgastar a campanha de Dilma Roussef.
Apesar do anúncio do cumprimento do acordo já fixado em lei, não abaixaremos a guarda e continuaremos com o indicativo de greve até o reajuste ir para a folha de pagamento.
Este governo já deu prova suficiente de não merecer credibilidade e que não pensaria duas vezes em suspender o nosso reajuste em benefício dos seus aliados banqueiros ou do FMI.
Por outro lado, deixando para o último minuto a decisão final, vai ficar parecendo um grande favor e uma concessão especial que Lula faz aos servidores. Não tenhamos ilusão. O reajuste só não vai ser suspenso ou adiado porque isso custaria um preço muito alto ao governo Lula.
O governo tende cumprir o acordo salarial, mas isso não esconde o baixo valor real do salário de nossa categoria. Precisamos seguir mobilizados para obter outras conquistas, seja na carreira, seja com benefícios como auxílio-alimentação, etc.
No entanto, o alerta maior é sobre as Fundações Privadas, pois estas colocam em risco toda a estrutura do servço público e seu financiamento. Ou seja, o governo cumpre o acordo salarial com uma mão, mas com outra busca impor a privatização através do PL 92/07.
Por isso, a assembléia discutirá a questão salarial, o indicativo de greve e também a resistência ao PL 92.
Fonte: www.sintuff.org.br

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