Uma das marcas da gestão que está se encerrando foi a articulação de um serviço de "inteligência" dentro da instituição. E o pior é que grande parte dos objetivos por trás desse esquema de arapongagem (que, esperamos, seja extinto junto com sua gestão) era justamente monitorar os ativistas do movimento político e sindical da UFPA, algo impensável, em pleno século XXI, em que os senhores do poder enaltecem os benefícios da democracia burguesa, e a época da ditadura militar vai ficando distante.
Numa atitude desprezível, a reitoria contratou ex-funcionários da UFPA que aderiram ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) para fazerem o "serviço sujo" de registrar as atividades do Sintufpa, Adufpa e DCE, municiando os órgãos da instituição para entrar com ações judiciais contra seus ex-colegas de instituição, como se fossem "baderneiros" ou coisa do gênero.
É claro que por trás disso, há uma política de "criminalização dos movimentos sociais", adotada sem a mínima cerimônia pelo governo Lula, e reproduzida fielmente aqui pelo reitor que está deixando a instituição.
Esperamos que esses instrumentos autoritários não sejam mantidos pelo novo reitor, apesar de que suas marcas permanecerão: companheiros do Sindicato e da própria base respondendo a processos judiciais, tratados como criminosos, quando na verdade lutaram pela melhoria da universidade pública, gratuita e de qualidade... e acima de tudo democrática.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário